Quem é Pai Benedito de Aruanda?
Pai Benedito de Aruanda, que em sua última encarnação nasceu na África e ainda menino foi
trazido à força para o Brasil para trabalhar como escravo em 1602, desencarnou cerca de 30 anos depois, ainda novo, com quarenta anos de idade.
Aqui, no Plano Material e na região de Recife, foi iniciado por sacerdotes africanos também escravizados, mas que tinham relativa liberdade porque viviam na propriedade de um “senhor de engenho” que fazia vista grossa para a religiosidade dos seus escravos.
O país de origem de Pai Benedito de Aruanda atualmente é conhecido como Moçambique. Ele desencarnou e permaneceu aqui, no astral brasileiro, auxiliando seus afins ainda encarnados, sendo que as divindades cultuadas pelo seu povo ou nação não recebiam o nome de Orixás, pois estes ele só veio a conhecer por volta do ano de 1810, quando da chegada de milhares de escravos trazidos da região hoje conhecida como Nigéria cuja religião era mais elaborada e mais bem fundamentada que a que ele havia se iniciado, quando vivia no plano material.
Sua identificação com os Orixás nagôs foi imediata porque já vinha se dedicando a amparar e auxiliar as pessoas e os espíritos de escravos que desencarnavam, já há quase 150 anos, foi acolhido no seio do Culto aos Orixás como um benfeitor dos menos favorecidos e da humanidade e os Sagrados Orixás abriram-lhe os portais de acessos aos seus Mistérios Divinos, nos quais ele foi iniciando-se, vindo a se tornar com o passar do tempo uma manifestador espiritual dos mistérios nos quais havia se iniciado.
Atuou como mentor espiritual de vários médiuns que seguiam o Culto dos Orixás e quando houve a fundação da Umbanda ele foi convocado para integrar-se a ela e a trazer para dentro dela o seu grupo de espíritos afins, todos preparados por ele no lado espiritual e já atuando como Guias Espirituais ou protetores dos seus afins encarnados.
Na Umbanda, “fundou” duas linhas de trabalhos espirituais, sendo que uma é a dos “Pretos Velhos Pai Benedito de Aruanda” e a outra é a dos “Caboclos Flecheiros”.
- Na linha dos Pretos Velhos ele acomodava espíritos cuja última encarnação fora como negros.
- Na linha dos Caboclos Flecheiros acomodava espíritos cuja última encarnação fora como índios.
Essas duas linhas de trabalhos espirituais umbandistas foram fundadas no astral por Pai Benedito de Aruanda e cresceram tanto dentro da Umbanda que hoje vemos muitos espíritos incorporados em seus médiuns apresentarem-se como Prestos Velhos “Pai Benedito de Aruanda” ou como “Caboclos Flecheiros”.
Onde manifestar-se um Preto Velho com esse nome, lá está um espírito da sua hierarquia “africana”. E onde manifestar-se um Caboclo Flecheiro lá está um espírito da sua hierarquia “indígena”.
“Só não devemos confundir Pai Benedito de Aruanda, o hierarca dessas duas linhas de Umbanda com os espíritos que apresentam-se com um desses dois nomes simbólicos, pois muitos já são os Pais Beneditos de Aruanda e muitos são os Caboclos Flecheiros”.
Seu amor e dedicação aos espíritos e à humanidade já o distinguem como um dos luminares do nosso abençoado Planeta e já o distinguiu como um dos mentores espirituais da religião umbandistas.
Amor e dedicação são as qualidades que mais se destacam nesse espíritos abnegado que, diante dos Sagrados Orixás, consagrou-se por inteiro e em todos os sentidos à humanidade.
Nesse ano de 2008, quando comemoramos o primeiro século de existência da Umbanda, rendemos nossa homenagem a esse amoroso e dedicado semeador do Culto aos Orixás dentro da Umbanda.
- Pai Benedito de Aruanda, nosso muito obrigado!
Que o Divino Criador Olorum mais uma vez o abençoe, pois abençoado sempre fostes. Bendito sejais por toda a eternidade, Bendito Pai Benedito de Aruanda!
Nenhum comentário:
Postar um comentário